Reler minha história leitora e escritora inclui começar pelas
narrativas de “causos caipiras” muito bem representadas pela figura do meu avô
materno, que zelava por meus cuidados quando minha mãe necessitou voltar ao
trabalho para ajudar a família.
Recordo
do nome de uma das personagens (a Catita) e daquele clássico pedido de “conte
outra vez”, que as crianças reproduzem até hoje quando lhes contamos histórias.
Vovô não
lia em livros, mas narrava com alegria e segurança.
Já
iniciada na escola pública (minha companheira até hoje), o contato com as
letras deu-se com a cartilha Sodré, somada aos esforços da Sra. Liomar (minha
primeira professora).
Mas, o
gosto pela leitura não veio pela literatura escolar e sim pelas histórias em
quadrinhos encontradas em um cantinho, no banheiro de casa. Alguns de meus
irmãos mantinham um “acervo” lá e quando iam para o “trono” gritavam-me para
devolver o exemplar que haviam iniciado (risos). Somos assim até hoje! Em
nossas casas não faltam livros, revistas, gibis e palavras cruzadas, sobretudo,
nos banheiros.
No início
(com os quadrinhos) preferia a “turma” do Mauricio de Souza, talvez pela
compreensão da linguagem e, com o passar do tempo, já habituada com a prática,
comecei com a “turma” da Disney que considerava de mais difícil entendimento.
Nos balões havia muitas frases, as histórias eram maiores, mas venci os
obstáculos. Perguntava o que não conseguia entender e seguia em frente.
Depois de
desperta pelo prazer da leitura dos quadrinhos, não foi difícil apaixonar-me
pelas aulas de Literatura e querer fazer ficha na biblioteca da escola para ler
alguns clássicos, além daqueles previstos para o curso. Sou muito grata aos
meus professores e, em especial, aqueles que avaliavam sobre a leitura proposta
(das mais diversas formas). Apreciava a expectativa sobre a importância da obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário